VOCÊ ON
Encontro o Taeyun no corredor, integrante do grupo WINNER.
Taeyun – Ah, olá professora. –Ele veio me cumprimentar.
Você – Olá, como está?
Taeyun – Eu consegui outra dupla.
Você – Ah que maravilha, e como está indo?
Taeyun – Melhor, estamos treinando muito.
Você – Isso é muito bom.
Taeyun – Você está indo tomar café?
Você – Daqui a pouco vou sim, por quê?
Taeyun – Eu, Rosé e nossas duplas iremos até o refeitório lanchar, você não quer vir junto?
Você – Ah claro, vou sim, só vou fazer uma coisa antes, e encontro vocês lá.
Taeyun – Ok, até. –Ele falou saindo.
Entrei no quarto do Tae, e a roupa estava em cima da cama, fechei a porta. Era uma blusa, estilo moletom de manga curta, e uma calça cintura alta e um tênis. Fiquei pensando... –É, o Hyun sabe escolher combinações de roupas.- Me troquei, coloquei o celular e o crachá dentro do bolso da calça. E coloquei a mochila no guarda roupa do Tae, como eu tinha que estar no ponto de encontro somente as 15 horas da tarde, não fazia sentido eu andar por aí com a mochila.
Então fui até o banheiro, fiz minha higiene pessoal, arrumei o cabelo também, fiz um rabo e fui até o refeitório.
Rosé – Aqui!!! –Ela levanta a mão, e eu vou até eles.
Você – Bom dia pessoal.
Rosé, Lee Seung-hoon, Taeyun e Lee Chae-rin – Bom dia!
Você – Só um minuto, já volto. –Fui até o balcão e pedi um salgado pra comer, paguei e voltei, sentei ao lado da Rosé.- E aí, como estão indo?
Lee Seung-hoon – Eu e a Rosé melhoramos bastante as expressões faciais.
Taeyun – Nós dois estamos treinando.
Lee Chae-rin – Sim.
Você – Tenho certeza que vão arrasar. –Fui comendo e conversando com eles.
Lee Chae-rin – Eu estou curiosa, você sempre dançou?
Você – Não, eu fui influenciada por um amigo que dança super bem, eu era um desastre, acreditem em mim.
Rosé – Impossivel (Seu Nome).
Você – É sério, mas pra mim, a dança não é só conseguir acertar os passos, é você expressar cada emoção sendo boa ou ruim, é você transmitir a sua alma, ela me ajudou bastante em muitos problemas que eu passei.
Taeyun – Foi como o seu ponto de paz?
Você –Exatamente.
Lee Chae-rin – Muito bonito o que você falou.
Eu sorri.
Lee Seung-hoon – Eu acho que quando nos tornamos famosos, nos esquecemos ou deixamos de lado isso. Por que tudo precisa estar perfeito.
Você – Sim, mas pensando dessa maneira, é aí que você se perde, você começa a ver a dança como um empecilho, e aí coisas começam a dar errado. O segredo é, mantenham na mente de vocês o por que vocês gostam de cantar ou dançar. E esse pensamento vai guiar vocês.
Taeyun – Uau!!! Você é nova, mas é muito sabia.
Você – Obrigada, eu acho.
Todos riram. Olhei no meu celular e tinha varias chamadas perdidas do meu pai. Fiquei preocupada por um instante.
Rosé – Está tudo bem?
Você – Ah, não... quero dizer, sim. –Sorri.- Eu tenho que ir. –Falei me levantando.- Continuem com o treino, boa sorte.
Eles também se despediram, e eu fui apressada até o quarto do Tae, fechei a porta e liguei para o meu pai.
Ligação ON
Você – Pai? Alô???
(Nome do seu pai) – Alô, (Seu nome)?
Você – O que aconteceu? O senhor está bem?? –Falei preocupada.
(Nome do seu pai) – Preciso que me encontre agora na lanchonete.
Você – Agora?? Mas...
(Nome do seu pai) – Só venha pra cá!!! –Ele fala com raiva.
Você – Tudo bem.
Ele desligou.
Ligação OFF
Comecei a ficar nervosa, será que os agiotas estão ameaçando ele? E se algo der errado? –Andei de um lado para o outro.- Não, não, vai dar tudo certo, vai sim.
Mandei uma mensagem para o Tae falando que eu ia me encontrar com o meu pai agora, para entregar o dinheiro.
Respirei fundo, peguei a mochila de dinheiro, e fui, coloquei meu celular no modo gravador de voz, se algo sair do controle, e coloquei-o junto com o crachá dentro do meu bolso da calça.
Cheguei no local, e por incrível que pareça, tudo estava fechado, mais adiante avistei meu pai, quando ia caminhar até ele, dois agiotas sai da esquina do beco. Parei no meio do caminho e falei.
Você – Eu vim pagar a divida do meu pai. –Falei alto.
Chefe – Olha, a garota cumpre o que fala. –Ele fala debochando.
Um dos outros agiotas, empurra o meu pai e ele cai no chão, vou até ele e ajudo ele a se levantar.
Você – O senhor está bem? –Falei preocupada.
(Nome do seu pai) – Estou, paga logo.
Você – Aqui, está dentro dessa mochila. –Falei entregando para o Chefe.
Chefe – Fique aqui, preciso contar pra saber se não está faltando nada.
Fiquei um pouco mais a frente do meu pai, eles contaram e estava tudo certo.
Chefe – Está certo, está liberado!
Quando me virei para ir até meu pai, um agiota ia bater nele, empurrei meu pai, e sem que eu percebesse, o meu braço dá um estralo de osso e eu sinto muita dor, dei um berro de dor, os caras saíram correndo.
(Nome do seu pai) – Ash... você me derrubou. –Ele falou se levantando. E continuando.- Boa atuação, até fingiu ter quebrado o osso.
Você – Eu acho que eu realmente quebrei. –Me abaixo de dor.
(Nome do seu pai) – Ah, para de fingir.
Você – Rum, -Suspirei olhando para o lado, e continuei- e agora o que vai fazer? –Olho pra ele.
(Nome do seu pai) – Você vai pagar a minha volta para o Brasil.
Você – Tudo bem.
(Nome do seu pai) – E então, você vai esquecer que algum dia teve um pai.
Você – O que eu fiz pra você? – Fiquei segurando meu braço e tentei ficar com a coluna reta.
(Nome do seu pai) – Você existiu.
Você – Se é por causa da mãe... –Eu já estava quase chorando.
(Nome do seu pai) – A sua mãe passou por todo aquele sofrimento e você não fez absolutamente nada por ela.
Você – Pai, mas você não me contou nada, e nas ligações dela, comigo, ela não tocava no assunto.
(Nome do seu pai) – Mas você tinha que ter percebido.
Você – Então você está me culpando por que a mãe não esta mais aqui?
(Nome do seu pai) – Eu prefiro te culpar, ao invés de me culpar, se não fosse por você, a sua mãe estaria aqui.
Eu sabia que ele estava falando tudo isso por que ele se sentia culpado, mas mesmo assim, comecei a chorar muito.
(Nome do seu pai) – Se você me der licença, tenho uma viagem pra fazer. –Ele não expressou nenhuma reação e saiu andando.
Você – Pai,... –Falei alto. Ele me olhou.- quem é Belinda?
(Nome do seu pai) – A minha nova esposa.
Você – Rum, o que? Você não sentia nada pela mãe? –Falei em choque.
(Nome do seu pai) – A sua mãe,.. as coisas não estavam indo bem durante os anos, já discutimos diversas vezes, e ela sabia.
Você – Como você pôde??? A mãe fez tudo por ti, tudo. –Berrei chorando.- Você traiu ela e ainda sim a...
(Nome do seu pai) – Não fala assim comigo (Seu Nome), quem você pensa que é??? –Ele veio até mim e me empurrou, eu quase cai no chão.
Você – Eu falo sim, você a deixou triste, você chateou a mulher que mais te amou, você é podre.
(Nome do seu pai) – Ele chegou perto de mim e agarrou meu rosto forte, com uma das mãos e continuou. –Você que é podre, fica se pagando de boa, fica mostrando pra todos que você agüenta tudo, mas você, eu sei, você não agüenta, você puxou isso da sua mãe...
Você – Não... –Empurrei ele.- a mãe não tem nada haver com isso.
(Nome do seu pai) – Vocês são muito parecidas, ela não agüentou o tratamento no hospital.
Você – Eu tenho nojo de você. –Falei chorando muito.
Ele me deu um tapão na cara, e eu cai no chão, e ele saiu.
Aparentemente eu estava num beco, encostada na parede, e no chão. Me levanto devagar, ainda chorando e dou pequenos passos até chegar na rua principal, ouço alguém chamando meu nome, vou em direção a essa pessoa, e desmaiei.
Continua . . .
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